O seu Blog de Espiritismo.

PAULO JORGE

29-06-2011 20:00

Entrevistas

 

 
Caros amigos, O Francisco Rebouças – Espiritista, traz ao conhecimento de todos vocês que nos honram com o prestígio e a confiança em nosso trabalho, a entrevista que nos foi concedida por PAULO JORGE, dedicado trabalhador da Seara espírita em Cabo Frio/RJ.

 
Inicialmente gostaríamos de agradecer ao amigo Paulo Jorge, pela gentileza em nos atender para esta entrevista.
Entrevista
FR: Meu caro amigo, como você nos definiria Paulo Jorge?

 
R: Uma pessoa comum, cheia de defeitos, mas que luta para melhorar...

 
Amo minha família e os amigos! Vibro com cada sucesso deles e também me entristeço com os momentos de insucesso em que não posso ajudar.

 
FR: Qual é a sua formação acadêmica?

 
R: Cursei Biologia na Unirio, com a intenção de fazer ascensão funcional no Ministério da Saúde, onde desempenhava a função de Técnico em Radiologia desde 1985. Já no final do curso, o governo federal deixou de realizar concursos internos, frustrando meus propósitos. Como já trabalhava com eletrônica, prestei vestibular novamente e fiz o curso de Processamento de Dados (Informática) na Universidade Veiga de Almeida, na Tijuca - RJ, no qual me formei em 1993. Depois disso fiz pós-graduação em Administração de Sistemas de Informação e Docência Superior. Recentemente, diante da necessidade de atualização profissional e da impossibilidade de pagar bons cursos, prestei vestibular para o consórcio UFF/CEDERJ e estou cursando Computação, no polo de Saquarema. Ainda pretendo fazer um mestrado em Informática, na UFF.

 
FR: Como aconteceu o seu encontro com a doutrina espírita?

 
R: Enquanto alguns se aproximam da Doutrina Espírita pela dor, eu me aproximei pelo amor! Serei mais claro: pelo amor à minha esposa. Eu vivia em busca de uma religião que não ferisse alguns conceitos que já trazia desde a infância - eu questionava com veemência alguns dogmas que a minha religião de berço me impunha. Rose, na época minha namorada, já era espírita e me convenceu a acompanhá-la numa reunião pública - gostei bastante, embora com algumas ressalvas. Então, procurei estudar acerca do espiritismo, pois sei que somente conseguimos gostar daquilo que conhecemos e eu queria gostar do espiritismo, pois afinal, precisava agradar minha namorada. Tornei-me um apaixonado pela Doutrina Espírita, pois esta veio responder aos questionamentos antigos. E lá se vão quase trinta anos... Parece que foi ontem!

 
FR: Pelo que fiquei sabendo, você nasceu em São Pedro da Aldeia, isso é verdade? E porque sua transferência para Cabo Frio?

 
R: Nasci em outubro de 1957 e morei até os dezesseis anos em uma localidade chamada “Pau-Rachado”, no interior de São Pedro da Aldeia - zona rural sem saneamento básico e sem luz elétrica. A professora do local só sabia ensinar até a terceira série primária (ensino fundamental). Passei então a estudar em São Pedro da Aldeia, mas para isso tinha que sair de casa às O3:30 h da manhã, a cavalo. Percorria metade do trajeto na montaria, até a localidade da Cruz; a outra metade, de ônibus, cujo único horário pela manhã era às 05 horas. Chegava em casa somente por volta das 16 horas e ainda tinha que cuidar do cavalo. Mais tarde, minhas duas irmãs e duas primas passaram a estudar na cidade também - passamos a viajar de charrete.

 
Meu pai tinha um sonho: ver todos os seis filhos formados no Ginásio (atualmente ensino fundamental), mas via que nosso sofrimento para estudar era muito grande e resolveu vender parte do sítio. Comprou então uma casa em péssimo estado, em uma localidade com baixo valor comercial em Cabo Frio e nos mudamos para lá, o que facilitou a nossa vida. A dele é que ficou pior, pois era ele que a partir daquele momento teria que viajar até a sua labuta no roçado, onde ganhava o nosso sustento.

 
R: Quais as funções que você já exerceu e exerce atualmente no movimento espírita da Região dos Lagos?

 
R: Já dirigi o Departamento de Doutrina do CETJ, trabalhei como tarefeiro na Biblioteca e nos serviços assistenciais da casa.

Atualmente, sou Diretor de Informática, dirigente em palestras públicas, esclarecedor em uma reunião mediúnica semanal e facilitador em um grupo do Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita (tarefa que divido com minha esposa).

Tenho ainda a função de Expositor da Doutrina Espírita na minha casa e em cidades onde sou convidado, mas são os trabalhos assistenciais do CETJ as tarefas de maior importância.

 
FR: Como se deu seu encontro com o Centro Espírita trabalhadores de Jesus?

 
R: Quando retornei de Niterói para Cabo Frio, procurava por uma casa espírita. Certo dia ficamos retidos em um engarrafamento numa das principais ruas da cidade e já começávamos a lamentar, pois uma das características do local, que mais apreciávamos, era o fato de não ter os gargalos de trânsito, tão comuns em Niterói e Rio de Janeiro. Quando olhamos para o lado vimos que estávamos bem em frente ao Centro Espírita Trabalhadores de Jesus.

Começamos a frequentar as palestras públicas e o Grupo de Pais, reunião que ocorria paralelamente à evangelização infantil, onde inscrevemos nossos filhos.

 
FR: Quais as principais atividades desenvolvidas por essa nobre instituição espírita?

 
R: ● Divulgação da Doutrina Espírita por meio de palestras públicas (domingos e quartas), informativo impresso, portais na Internet e participação de oradores e articulistas da casa nos meios de comunicação;

● Estudo introdutório da Doutrina Espírita;

● Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita (várias turmas);

● Estudo Avançado da Doutrina Espírita;

● Estudo da Mediunidade;

● Reuniões Mediúnicas;

● Evangelização da Infância e Juventude (semanal);

● Grupo de Pais (semanal);

● Oficina de Música (semanal);

● Grupo GEMA - Assistência a Gestantes Carentes (semanal);

● Grupo da costura, onde são confeccionados os enxovais para o GEMA peças para o bazar;

● Pechincha (venda de roupas usadas);

● Plantão de Passes;

● Grupo de Implantação do Evangelho no Lar;

● Assistência a famílias carentes, com esclarecimento, corte de cabelo, refeição e fornecimento de cestas básicas (ocorre no primeiro e no terceiro sábado de cada mês);

● Reunião de Tratamento Espiritual;

● Atendimento Fraterno;

● Outras que a minha precária memória deve ter omitido (peço perdão aos amigos).

 
FR: Como anda o Movimento espírita da Região dos Lagos? Além de Cabo Frio, quais as outras cidades que também desenvolvem um bom trabalho na divulgação da mensagem espírita?

 
R: O 34º CEU, unidade da CEERJ responsável por promover a integração das casas espíritas em Cabo Frio, Arraial do Cabo e Armação dos Búzios, realiza um trabalho impecável, o que contribui para que o Movimento Espírita da Região dos Lagos seja consistente e de expressão. As outras cidades não ficam atrás, integrando harmoniosamente o movimento. A integração vence as dificuldades que surgem.

 
FR: Qual é em sua opinião a importância da evangelização na casa espírita?

 
R: Acho a evangelização o trabalho mais importante em toda casa espírita, pois traz os ensinamentos do Mestre Jesus, sob a ótica espírita, preparando nossos jovens para serem homens de bem. Promove o fortalecimento do núcleo da sociedade mais importante - a família. Os evagelizandos de hoje serão os evangelizadores de amanhã e estarão comandando diversos setores da sociedade, inclusive as casas espíritas.

A casa espírita que não tem a tarefa de evangelização da infância e juventude corre grande risco de perecer por falta de tarefeiros.

 
FR: Fale-nos do excelente trabalho que sabemos são desenvolvidos no CETJ, com os grupos de infância e mocidade?

 
R: Aos sábados à tarde, quem chega à nossa casa acha que está em uma festa! Não temos mais onde colocar jovens - literalmente! Para a nossa felicidade, todas as turmas (e não são poucas) estão lotadas, separadas por faixa etária, com um programa de estudo afinado com os preceitos espíritas. Tudo isso fruto do excelente trabalho realizado pelo departamento da Infância e Juventude, dirigidos, respectivamente, pelas companheiras Augusta e Dejanira, que juntamente com os tarefeiros envolvidos, executam com amor e responsabilidade essa tarefa de tão grande importância para o movimento espírita.

 
FR: Em relação aos jovens de nossas mocidades espíritas, como devem proceder seus evangelizadores para mantê-los interessados no estudo da doutrina e em sua reforma íntima?

 
R: Jovem gosta de jovem! Esse paradigma não deve ser quebrado, na minha opinião. Eles querem debater temas atuais e cabe aos organizadores da evangelização colocar o assunto sob o contexto da Doutrina Espírita. Gostam de atividades de jovens, como Teatro, Música e Cinema.

Os mais radicais acham que a Casa Espírita não é local para atividades artísticas, como música e outras. Embora eu também ache que na reunião pública, onde a concentração é de suma importância, o andamento das músicas deva ser mais suave, de modo a trazer paz e relaxamento, elevando a vibração do ambiente, há reuniões de confraternização - realizadas geralmente fora do salão de conferências - onde os jovens podem se expressar com um pouco mais de liberdade, porém, dentro dos ensinamentos doutrinários. Esses eventos atraem outros jovens que jamais entrariam em uma reunião pública.

Uma coisa que o jovem não suporta é hipocrisia. Têm sempre um olhar crítico em relação ao comportamento dos que estão responsáveis pelo grupo, portanto, não é tarefa para qualquer um. Nosso querido Mestre Jesus já nos alertou sobre os “sepulcros caiados por fora”.

Eles também desejam aplicar seus conhecimentos nas tarefas da casa e ficam muito felizes quando são solicitados para lerem páginas na reuniões públicas, para fazerem preces, distribuírem a água magnetizada após o passe e outras tarefas possíveis.

Todos amam as tarefas coletivas fora da casa espírita, como reuniões em sítios, visitas a orfanatos e asilos, excursões a outras casas, etc. Mas o evento que mais gostam é a COMEERJ, promovida pela CEERJ durante os dias de carnaval, envolvendo atividades de estudo, lúdicas e de arte - tudo sob a ótica espírita.

 
FR: O que é oferecido aos pais que levam seus filhos para esses grupos de estudo da infância e da mocidade aí no CETJ, em termos de doutrina espírita?

 
R: Reunião do Grupo de Pais, onde são abordados temas da Doutrina Espírita voltados para o convívio familiar.

Observamos que aquelas crianças que são simplesmente deixadas no portão para a Evangelização, desistem de participar... É muito importante o exemplo dos pais.

 
FR: Qual a melhor maneira de divulgarmos com acerto os postulados espíritas?

 
R: Todos os meios lícitos, como as palestras públicas e seminários com conteúdo bem aplicado, TV, rádios, jornais, revistas, Internet e outros são importantes, mas a maior divulgação está na atitude de cada espírita fora do espaço geográfico do centro. Ser espírita dentro da casa espírita é muito fácil, mas onde mais nos observam é em outros espaços públicos. Essa é velha, mas vou repetir: “Um bom exemplo é capaz de arrastar multidões”.

 
FR: Em sua opinião, o Brasil é realmente o coração do mundo, Pátria do Evangelho?

 
R: Tem tudo para ser. Tomando por exemplo Cabo Frio, que recebe turistas do mundo inteiro, observamos que um turista de outro país, principalmente fora da América Latina, dificilmente deixa que você se aproxime dele, de modo a ter algum tipo de contato físico. Se você se aproxima um passo, ele recua um passo. Passei a observar esse fato após ter sido alertado pelo professor César Soares dos Reis, quando em seminário na nossa casa, sobre essa característica presente nos nossos irmãos da América do Norte. É um fato. Já o brasileiro, ao ser apresentado a outro, vai logo abraçando e beijando - é diferente! Teria isso algo a ver com o Espiritismo ter no Brasil uma aceitação e expansão maior do que em outros países?

 
FR: Como você analisa o trabalho legado à humanidade por Allan Kardec?

 
R: Perfeito! Ele era, quando encarnado, um homem de sucesso, estudioso e de raro bom senso. Não se deixou influenciar peso sensacionalismo que girava em torno dos fenômenos físicos, buscando um causa inteligente. Sabia do componente anímico de cada médium e procurou comparar dados de várias fontes diferentes, com o objetivo de minimizar esse fator e expressar o máximo de credibilidade possível. Até os dias atuais nenhuma informação presente na codificação foi contestada pelo meio científico. É esse trabalho que temos que dar continuidade e manter a credibilidade da codificação, sem mudar o sentido de nada, pois como disse anteriormente, o trabalho de Kardec foi perfeito! Cabe ao meio espírita examinar tudo e refutar o que não estiver de acordo com a codificação. Não podemos esperar que tudo fique a cargo da FEB - esse trabalho é de todos nós.

 
FR: Você poderia nos explicar por quais motivos o espiritismo desperta tão pouco interesse para o estudo e tão grande interesse pelos fenômenos?

 
R: O ser humano ainda é muito materialista e clama por soluções mágicas, sem esforço. Com essa perspectiva espera encontrar nos fenômenos as soluções mágicas para seus problemas. A verdadeira solução dos problemas está no autoconhecimento e no entendimento do agente causal. Isso só se consegue com estudo e disposição para modificar o que há de errado no interior de cada um... Dá muito trabalho! Por isso alguns preferem os fenômenos - ficam na ilusão, mas não têm trabalho significante.

 
FR: Acompanhamos seu trabalho na divulgação do Espiritismo, e seu esforço na defesa da fidelidade doutrinária, como você está vendo essa invasão de livros tidos como espíritas, sem a menor preocupação com os preceitos contidos na codificação do espiritismo?

 
R: Oportunismo do mercado editorial. Hoje em dia ser espírita é chique. Tem muita gente publicando obras com critérios questionáveis, cujo único objetivo é vender. Compra o incauto, muitas vezes com a assessoria de algumas poucas casas espíritas que não selecionam melhor as obras que circulam pelos seus departamentos.

 
FR: O que poderia ser feito para evitar que livros sem conteúdo doutrinário fossem vendidos nas livrarias das casas espíritas sérias?

 
R: Toda livraria deveria estar subordinada ao Departamento de Doutrina da casa espírita, mas o que normalmente vemos é que o próprio presidente ou alguém por ele delegado - na maioria das vezes - faz o próprio pedido de livros às distribuidoras, não tendo tempo para examinar o conteúdo.

Temos atualmente várias editoras e distribuidoras vendendo “gato por lebre”, ou seja, livros intitulados espíritas, mas que de espiritismo têm pouca coisa e o que é mais grave - conceitos incorretos.

Algo mais me preocupa: alguns palestrantes que têm trabalhos cujo fim mais evidente é o de vender seus próprios livros. Não me parece muito ético, pois em alguns casos os livros sequer são espíritas.

A finalidade da livraria na casa espírita deve ser a divulgação do espiritismo. O lucro, embora necessário, não deve ser o objetivo principal.

 
FR: Caro Paulo Jorge, vemos, lemos e ouvimos diariamente os meios de comunicação divulgando notícias como corrupção, crimes, violência etc., em sua opinião, o que está realmente acontecendo com o nosso planeta?

 
R: “... Porque é necessário que sucedam escândalos, mas ai daquele homem por quem vem o escândalo...” (Mateus, 18)

Segundo o apóstolo Mateus, o mal ainda é necessário e não são raras as vezes em que o mal ocorre em grande proporção, de modo que a comoção de muitos provoque uma mudança de comportamento. A humanidade, embora esteja rumando para o bem, ainda está muito próxima da origem. Assim, o mal em pequena escala ainda é assimilado como algo “quase normal” - Daí a necessidade do escândalo. Mas isso sempre ocorreu... Os meios de comunicação é que evoluíram muito! Hoje tomamos ciência dos fatos em tempo real, o que não ocorria há cerca de 30 anos, quando aqui no Brasil, por exemplo, a imprensa era censurada. Hoje nem a censura teria a capacidade de impedir as notícias (opinião pessoal), pois com o advento da Internet ocorreu também a popularização da tecnologia.

 
FR: Você acredita que a regeneração do nosso planeta esteja realmente próxima, como nos informam os Espíritos Superiores?

 
R: Acredito! Embora vejamos o mal em muitos lugares, vemos também muita gente praticando o bem. A questão reside em quão próxima estará a tão esperada regeneração, pois o tempo é um componente importante para os seres encarnados; para os desencarnados é diferente...

Tenho algum ceticismo com relação a datas futuras (confesso). Geralmente essas datas falham. Por via das dúvidas, acho melhor fazermos a nossa parte. Não conheço ninguém que tenha saído perdendo por realizar o seu trabalho no bem. Que o nosso Mestre Jesus nos ajude a perseverar!

 
FR: A proposta da aprovação da Lei do Aborto, não é indício de que a humanidade está muito distante da moral apregoada por Jesus de amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo?

 
R: Vemos uma minoria ruidosa tentando comandar uma maioria ignorante. Alguns tentando defender interesses próprios. Isso não vem se repetindo ao longo da história? Sabemos que fomos todos criados ignorantes, com condições iguais de desenvolvimento. Somos todos destinados ao bem, mas o desvio moral do ser humano às vezes o tira do rumo certo. Até ele descobrir que errou, sofre, mas termina por encontrar o caminho correto e retoma sua caminhada rumo ao esclarecimento. Da sombra à luz há uma grande distância e a humanidade ainda está mais próxima da sombra do que da luz, portanto, ainda longe da moral apregoada por Jesus.

 
FR: Paulo Jorge, o que você diria a quem alimente a pretensão de fazer um aborto?

 
R: Desista! Você está cometendo um grande erro!

Para nós espíritas é mais fácil entender que o aborto é um equívoco, pois sabemos que o espírito foi criado bem antes do corpo físico e que já passou por várias encarnações. O reencarnante provavelmente já conviveu com a atual mãe em outras existências.

Para os praticantes das religiões dogmáticas modernas, que acreditam que o espírito é criado juntamente com o corpo físico, fica mais difícil entender que o aborto é um delito grave.

Para os materialistas o aborto não parece errado, pois não acreditam na existência do espírito.

Creio que a ciência no futuro aceitará a reencarnação como um fenômeno natural. Então, todos tomarão conhecimento do verdadeiro sentido da vida - o que os espíritas já sabem há muito tempo. Nesse tempo, o aborto sequer será cogitado.

 
FR: Quais foram suas maiores conquistas na divulgação do espiritismo através das palestras e seminários que você realiza?

 
R: Certa vez recebemos em Cabo Frio meu cunhado, Carlos Athayde, que era completamente avesso ao espiritismo. Convenci-o, com muito custo, a me acompanhar em uma palestra que fiz no Centro Espírita Trabalhadores de Jesus. Observei que antes da palestra ele estava sentado no corredor, um pouco assustado com o salão lotado, como sempre acontece aos domingos. Fiquei preocupado, pois não notei nele nenhum sinal de contentamento - pelo contrário: estava, como se diz, “com cara de poucos amigos”. O tema da palestra era “O Valor da Amizade”, baseada no livro “Boa Nova” (Humberto de Campos/Chico Xavier).

Pude observar que no decorrer da exposição o humor do Carlos foi melhorando e achei mesmo que ele estava gostando do assunto.

Hoje ele é um espírita convicto, tarefeiro da Sociedade Espírita Amor e Caridade em São Gonçalo, onde reside. Isso me deixou muito feliz, e sempre que o nosso humilde trabalho pode influenciar alguém para melhor, experimentamos a felicidade!

 
FR: Amigo, qual são seus planos para o futuro?

 
R: Continuar o trabalho simples que realizo, se Deus me permitir, de modo que eu possa contribuir, ainda que minimamente, para a divulgação dessa doutrina que é tão importante para mim e para minha família.

 
FR: Prezado Paulo Jorge, há alguma coisa ou assunto, que você gostaria de abordar e que deixei de perguntar?

 
R: Querido amigo, você, além de excelente palestrante, é um perguntador nato! Parece até que andou tomando umas aulas com o próprio Kardec...

O trabalho de divulgação da Doutrina Espírita que você faz é impecável e deve servir de inspiração para outros confrades.

Cabo Frio já está sentindo a sua falta. Vou sugerir ao Ciro, que dirige atualmente o Departamento de Doutrina no CETJ, que o convide novamente, pois da última vez foi muito bom!

 
FR: Para encerrar, gostaríamos que você deixasse registrada sua mensagem a toda família espírita brasileira.

 
R: Buscamos a casa espírita por motivos diversos, mas de modo geral, todo ser humano quer encontrar a felicidade! Buscamos a felicidade em todos os lugares e na maioria das vezes esquecemos de buscá-la no local onde ela realmente está - dentro de nós mesmos! Nós nascemos destinados à felicidade e um dia a experimentaremos plenamente, mas nenhum templo religioso nos levará à felicidade num passe de mágica - é necessário muito trabalho! Na nossa atual condição humana somente nos sentimos realizados quando ajudamos nossos irmãos mais necessitados. Mas para que essa ajuda se concretize temos que buscar dentro de nós mesmos aquelas qualidades que estavam bem escondidas, tímidas, ofuscadas por nossas imperfeições ainda tão evidentes - nisso a casa espírita pode ajudar! Toda casa espírita está empenhada no estudo da Doutrina e possui diversos trabalhos de caridade, necessitando somente da nossa boa vontade para o estudo e das nossas mãos para o trabalho.

A filosofia é muito importante para o entendimento, mas somente o trabalho no bem promove a nossa evolução. Como disse o codificador, “Fora da caridade não há salvação”.

Que o nosso Mestre Jesus possa nos dar forças para que coloquemos em prática seus ensinamentos.

Agradeço ao querido amigo Francisco Rebouças pela oportunidade de me expressar nesse importante veículo de comunicação e peço desculpas se deixei de atender alguns anseios.

Muita paz a todos!

 
FR: Em nome dos nossos distintos amigos, leitores do FRANCISCO REBOUÇAS - ESPIRITISTA, agradecemos ao amigo Paulo Jorge, por sua gentil maneira de nos atender para esta entrevista, rogando a Jesus nosso Mestre e Guia, que o inspire, guarde e abençoe abundantemente hoje e sempre.

 
Francisco Rebouças
 

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